sexta-feira, 3 de novembro de 2017

JESUS – O PRIMOGÉNITO


«Várias vezes, nas Sagradas Escrituras, é atribuída a Jesus a designação de Primogénito.
Feito homem como nós, é chamado o primogénito de Maria (Mateus 1:25; Lucas 2:7).
Antes da Sua encarnação, é igualmente chamado primogénito – «o primogénito de toda a criação» (Col. 1:15).

Baseados nestes textos, pretendem alguns que Maria tenha tido mais filhos e que antes da Sua encarnação Jesus tenha sido um ser criado. Se é verdade, porém, que os ensinos da Bíblia não se oporiam a que Maria tivesse mais filhos depois do nascimento de Jesus, embora não se possa dela concluir que isso tenha acontecido, é absolutamente certo, de acordo com as Sagradas Escrituras, que antes da Sua encarnação Jesus não foi um ser criado, como criam os antigos arianos e ensinam hoje as pretensas testemunhas de Jeová, mas existiu desde toda a eternidade, dada a Sua natureza divina.
Sendo assim, em que sentido pode Ele ser chamado primogénito? Não no sentido da Sua origem, mas no da Sua posição como irmão mais velho na família dos remidos.

No Antigo Testamento a primogenitura era considerada, com efeito, uma posição de honra, nem sempre relacionada com a ideia de nascimento nem com a de ulteriores irmãos carnais. É assim que Deus chama a Efraim Seu primogénito, embora, dos filhos de José, Manassés fosse o mais velho (Jer. 31:9, 26, cfr. Gén. 41:50-52); de David é dito: «Lhe darei o lugar de primogénito» (Sal. 89:27),
posição essa que ele não ocupava por nascimento em relação aos outros filhos de Jessé. O mesmo se poderia dizer de Jacob em relação a Esaú, de Judá em relação a Rúben e de outros casos semelhantes.
Jesus, novo Adão, veio dar origem à família dos remidos. Ele é o primogénito, não em relação ao Seu passado, mas em relação à Sua obra. É por isso que Lhe é atribuída a designação de «primogénito entre muitos irmãos» (Rom. 8:29)

Na família dos remidos filhos de Deus Jesus ocupa, em grau eminente, a função que desempenhava, na velha dispensação, o primogénito em cada lar israelita.

A Ele deve ser dada toda a honra e todo o louvor como nosso Irmão mais velho, como Aquele que, não Se envergonhando de nos chamar irmãos (Heb. 2:11), nos introduziu na Família Divina e nos introduzirá, como «primogénito dentre os mortos» (Col. 1:18; cfr. Apoc. 1:5), no reino da glória.
Que nesta quadra do Natal os nossos pensamentos vão para Aquele que, ocupando em tudo a preeminência, nos deu o privilégio de, pelo Seu beneplácito e pelos Seus méritos, podermos ser chamados filhos de Deus. – E. F.» – Editorial da Revista Adventista, Dezembro de 1973.

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