Conta-se que Essopo, escravo grego, ao serviço de um abastado e opulento fidalgo romano, teve de solucionar uma situação embaraçosa do seu senhor. Este, numa festa de orgia com alguns dos seus amigos, já bastante embriagado, apostou com eles que seria capaz de beber toda a água do mar. Os amigos insistiam que isso seria impossível, mas ele afirmava categoricamente que conseguiria. Então combinaram encontrar-se, no dia seguinte, num certo lugar para testemunharem o grande feito. Caso não o conseguisse perderia a aposta, a qual envolvia uma avultada quantia. Despediram-se cada um para as suas casas. Depois de dormir, ao acordar no dia seguinte, lembrou-se da aposta que tinha feito e que, na realidade, nunca iria conseguir fazer o que apostara.
Então,
reconhecendo a sabedoria do seu escravo, resolveu pedir-lhe que o
ajudasse a solucionar tão grande dificuldade. Este disse-lhe que não
havia problema, iria resolver bem o assunto. Reuniram-se todos no local
combinado e então Essopo dirigiu-se aos amigos do seu senhor com estas
palavras: “Meus senhores, estamos todos aqui para testemunharmos o meu
amo a beber toda a água do mar, como ele apostou ontem à noite. Mas
atenção, ele disse que beberia toda a água do mar, mas não a dos rios
que para lá correm. Ora, antes de ele começar a beber a água do mar, vão
primeiro tapar todos os rios para que deixem de correr para lá. Só
depois o meu senhor beberá toda água do mar como prometeu.»
Como sabemos seria tão impossível tapar todos os rios, como beber toda a água do mar. Mas a solução sábia de Essopo livrou o seu senhor tanto de um enorme embaraço, como o de pagar a grande quantia que tinha apostado. (História contada pelo meu professor de História no ano lectivo de 1959/1960).
Como sabemos seria tão impossível tapar todos os rios, como beber toda a água do mar. Mas a solução sábia de Essopo livrou o seu senhor tanto de um enorme embaraço, como o de pagar a grande quantia que tinha apostado. (História contada pelo meu professor de História no ano lectivo de 1959/1960).
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