«Para muitas mentes, a origem do pecado e a razão da sua existência são causa de grande perplexidade. Vêem a obra do mal, e os seus terríveis resultados de miséria e desolação, e questionam como é que isso pode existir sob o reinado de um Ser que é infinito em sabedoria, poder e amor. Eis um mistério para o qual não encontram explicação. E, por causa da sua incerteza e dúvida, tornam-se cegos para as verdades plenamente reveladas na Palavra de Deus, e essenciais para a salvação. Há aqueles que, nas suas pesquisas sobre a existência do pecado, se esforçam por investigar aquilo que Deus nunca revelou e por isso não encontram solução para as suas dificuldades. E os que mostram essa disposição para a dúvida e para os sofismas, aproveitam-se disto como desculpa para rejeitar as palavras das Sagradas Escrituras
Outros,
entretanto, deixam de ter uma compreensão satisfatória sobre o grande
problema do mal, uma vez que a tradição e a interpretação errada
obscurecem o ensino da Bíblia relativo ao carácter de Deus, à natureza
do Seu governo, e aos princípios que regem a Sua forma de lidar com o
pecado. … Nada é ensinado de forma mais clara nas Escrituras do que o
facto de não ter sido Deus, de maneira alguma, o responsável pela
manifestação do pecado, e de não ter havido qualquer retirada arbitrária
da graça divina, nem deficiência no governo divino, que desse motivo ao
aparecimento da rebelião. … A nossa única definição de pecado é a que é
dada na Palavra de Deus: é ‘a transgressão da lei’. É o efeito de um
princípio em conflito com a grande lei do amor, que é o fundamento do
governo divino. Antes da manifestação do mal, havia paz e alegria em
todo o Universo. Tudo estava em perfeita harmonia com a vontade do
Criador. O amor a Deus era supremo e o amor de uns para com os outros
imparcial.» – O Grande Conflito, págs. 411-412, ed. P. SerVir.
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